O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu carona para chegar do outro lado da margem.
Desconfiado, o sapo respondeu: “Ora, escorpião; só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, e vai me picar, soltar o seu veneno e eu vou morrer”.
Mesmo assim, o escorpião insistiu, com argumento lógico de que, se picasse o sapo, ambos morreriam. Com promessas de que poderia ficar tranquilo, o sapo cedeu, o acomodou em suas costas e começou a atravessar o rio.
Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão no sapo e saltou ileso à margem.
Atingido pelo veneno e começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o motivo de tamanha crueldade, e o escorpião respondeu friamente: “Porque essa é a minha natureza”!
A história acima é bem conhecida, mas infelizmente, muitos têm agido como o ingênuo sapo. Alerto sobre a natureza de pessoas que eu chamo de “escorpião humano”.
Jesus nos aconselha: Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, seja prudente como serpentes e simples como as pombas (Mateus 10.16).
Prudência significa a qualidade de quem reflete e reage com moderação, equilíbrio, cuidado e cautela, por isso o Senhor Jesus usou a serpente como um exemplo positivo para nós: a capacidade de identificar inimigos. Ela está sempre atenta e quando precisa, age com muita frieza para se defender. Essa frieza é o que eu chamo de agir com a razão e não com a emoção , seria uma espécie de “malícia positiva”.
Se no lugar do sapo a história falasse de uma serpente, pela sua prudência, ela não teria sido enganada pelo escorpião.
O Livro de Josué, capítulo 9, fala sobre o grande e experiente líder, Josué, sendo enganado pela astúcia dos inimigos. Um povo que se fez de vítima somente com intuito de enganá-lo para se infiltrar no meio do povo de Deus. Eles estavam totalmente dominados pela falsidade, mentira e cheios de más intenções. Josué, com toda sua experiência, agiu com o coração e deixou-se enganar por esse povo inimigo. Ao invés de pedir a direção de Deus, agiu impulsionado por um sentimento de piedade, mesmo sendo um grande líder, não teve a prudência da serpente.
Caro leitor; neste artigo não vou falar sobre resolver problemas, mas sim, orientá-lo a evitar que alguns problemas aconteçam, pois muitos estão pagando um preço alto hoje por ter acreditado em “verdadeiros escorpiões”.
Infelizmente, vivemos dias maus onde o amor de muitos tem se esfriado.
Não é porque uma pessoa fala de Deus, frequenta uma igreja ou prega o Evangelho que ela é digna de confiança. É preciso haver cuidado. Já diz o ditado que de “boas intenções o inferno está cheio”.
É uma pena que muitos só tenham o entendimento aberto depois de muitas decepções.
Até para ajudar alguém, devemos pedir a orientação de Deus, caso contrário, podemos nos prejudicar. Muitas pessoas sabem como mentir, manipular, fazer-se de vítima porque isso faz parte da natureza delas e essa natureza só pode ser mudada através de um verdadeiro encontro com Deus e com muito esforço.
Minha intenção não é dizer que não devemos amar ou ajudar ao próximo, mas ensinar que devemos fazer tudo com prudência e direção de Deus.
Conheço muita gente que está pagando preço alto hoje, por ter acreditado em pessoas que não eram dignas de confiança. Alguns foram imprudentes, emprestaram o nome, folha de cheque, foram fiadores, acreditaram e entregaram-se afetivamente ou amorosamente à outras e frustraram-se. Até no chamado “meio evangélico” é preciso haver muita atenção. Analise bem. Se aquilo que está sendo ensinado não estiver na Bíblia, é tudo invenção e mentira. Há pessoas que hoje são prudentes como a serpente, e que infelizmente, aprenderam somente depois de sentir a dor da “picada” do escorpião.
É claro que há pessoas bem intencionadas e dignas de confiança, mas sem dúvida são a minoria. A boa notícia é que Jesus nunca vai te decepcionar.
Se você tem um “Judas” em sua vida, faça como Jesus: não guarde mágoa, nem perca tempo, ele vai acabar se enforcando sozinho.
Às vezes, na vida, é preciso colocar em prática aquele ditado popular: “Faça-se de morto para faturar o defunto”. Sem dúvida este é um assunto que pode causar discordância e polêmica, mas se não fosse tão sério, Deus não teria deixado um alerta tão eficaz como está em Jeremias 17.5: Maldito o homem que confia no homem e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!
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