Jesus te ama!

"Entrgue teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará" Salmos 37.5

quinta-feira, 9 de julho de 2009

CURA INTERIOR




“Partindo Jesus dali, foi para junto do mar da Galiléia; e, subindo ao monte, assentou-se ali. E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos, e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então glorificavam ao Deus de Israel” (Mateus 15:29-31).


Se formos conferir o contexto, vamos encontrar Jesus pelos lados de Tiro e Sidom (verso 21). Ali ele curou a filha de uma mulher siro-fenícia que clamava insistentemente pedindo a Jesus a saúde da jovem. E o Senhor Jesus, não podendo ocultar-se daquela mulher e da sua veemente insistência, disse: “Faça-se contigo como queres” E indo para casa, a mulher encontrou sua filhinha, que durante anos fora possuídos por Satanás, liberta.

O texto continua nos informando que Jesus saiu dali para as regiões da Galiléia e, assentando-se próximo à praia, vieram multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos e mudos, que deixaram aos pés de Jesus. E ele os curou a todos, deixando o povo maravilhado e glorificando ao Deus de Israel.

Jesus continua tendo poder para curar coxos, cegos, aleijados e mudos. Mas quero compartilhar alguns pensamentos sobre a reciprocidade entre aquelas doenças que atingem o mundo e o nível material da existência com outras tantas doenças que atingem o mundo e o nível espiritual da existência.

Há um princípio ao qual devemos nos reportar, porque quer me parecer que Jesus sempre ilustrou verdades profundamente espirituais com curas materiais. Por exemplo, ao curar um homem cego de nascença, Jesus aproveitou a conjuntura para dizer que tinha vindo ao mundo trazer luz aos espíritos dos homens cegos e enclausurados nas trevas. E ele sempre agiu assim: tomava ilustrações concretas do mundo material para trazer revelações do céu em situações e circunstâncias semelhantes, nas quais os homens vivem interiormente.

HÁ COXOS ENTRE NÓS

A palavra grega que Mateus usa aqui é deformado. E há pessoas deformadas entre nós. São deformações interiores profundas e íntimas. São deformações no caráter. E são tantos os que interiormente estão sem forma humana. Gente enferma no íntimo.

Há daqueles que trazem a deformação da mentira. Tentam falar a verdade, lutam para ser verdadeiros, mas a mente e o caráter já estão impregnados e eivados de todas estas doenças tremendas. E há aqueles indivíduos que mentem tanto que, de certo momento em diante, eles passam a se convencer de que sua mentira é verdadeira.

Há também aqueles que têm problemas no que diz respeito à honestidade. Querem fazer negócios limpos, querem tratar com as pessoas de maneira limpa, querem criar situações das quais não sintam vergonha, mas realmente não conseguem.

Há deformado no nosso meio que precisam ser “largados aos pés de Jesus”. Há deformidades de caracteres que precisam ser curadas por Jesus.

HÁ ALEIJADOS ENTRE NÓS

O texto também informa que foram deixados na presença de Jesus homens aleijados. Quem são os aleijados? Vejam a resposta, aqui mesmo, no livro de Mateus 18:8, sobre o que Jesus pensa a respeito do que seja o aleijão: “Portanto, se tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrar na vida manco ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno”.

Observem que Jesus diz que o aleijado é um homem que não tem pé ou mão, pois ele disse que é melhor entrar aleijado no céu do que ficar com pés e mãos, mas fora do céu. Logo, o aleijado é aquele que não tem mãos ou não tem pés. Ou seja, do ponto de vista da teologia Bíblica da interiorização, o aleijado é um homem em quem falta alguma coisa. É um homem incompleto, insuficiente, que não está pleno.

E todo homem toda mulher são insuficientes até ter um encontro com Jesus. Todo homem é incompleto até conhecer a Jesus. Todo homem toda mulher têm aleijões existenciais até que se deixe ficar aos pés de Jesus. Falta paz, falta amor, falta alegria, falta exuberância, falta satisfação, falta... falta... falta...

Enquanto o homem a mulher não têm nenhuma experiência com Jesus, enquanto Cristo não é formado dentro do homem, enquanto os “braços de Jesus” não se estendem dentro do homem, enquanto as “pernas de Jesus” não se estiram dentro do homem, enquanto a “mente de Jesus” não é formada dentro do homem, enquanto o “espírito de Jesus” não é posto no homem, esse homem tem um aleijão existencial. Falta! Falta! E falta alguma coisa na sua vida hoje!

HÁ HOMENS CEGOS ENTRE NÓS

Além de coxos e aleijados, o texto também revela que foram levados à presença de Jesus homens cegos. Eram homens que não viam, que tateavam, que estavam nas trevas, que não tinham rumo, que não sabiam para onde ir, que não tinham referências nem direção. Será que você não está nesta situação?

Faça um exame na sua vida e observe se você consegue ver Deus na sua vida. Você vê Jesus? Você vê a verdade? Ou você é alguém que não consegue ver nada para além da morte?

O ÓDIO CEGA

A Bíblia também nos ensina, em I João 2:11, que o ódio cega. E talvez você esteja cego porque o seu coração está cheio de ódio. Ódio do esposo despótico, ferino, que a maltrata; ódio do pai incoerente, indialogável; ódio do patrão; ódio do vizinho. Ódio! Ódio cego!

A HIPOCRISIA CEGA

Jesus também ensina que a hipocrisia cega. “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas... Fariseu cego!” (Mateus 23:25-26). A hipocrisia cega o homem. Você é capaz de ter duas mulheres, de viver uma vida ambígua, hipócrita, ambivalente sexualmente e chegar na igreja e dizer: “Aleluia!”. Isto é hipocrisia e significa que você está cego. E a Palavra de Deus é veemente a respeito disso.

A INCREDULIDADE CEGA

Em II Coríntios 4:4, Paulo diz que a incredulidade cega. Incredulidade não é apenas aquela impossibilidade causada pela muita inteligência que, justificam-se alguns, os impedem de crer na Palavra de Deus e nos fatos que dizem respeito ao Senhor Jesus. Incredulidade não é apenas isto, segundo a Bíblia. Incredulidade é, antes, uma brincadeira com a realidade de Deus. É o homem que sabe que Deus existe, que Jesus é o Senhor, que ressuscitou dentre os mortos, é o homem que reconhece que a Bíblia é a Palavra de Deus, que o céu existe e que o inferno não é piada... mas não assume nada!

Isto é incredulidade, segundo a Bíblia. E quem está vivendo nesta incredulidade, teve o seu entendimento cegado pelo “príncipe deste mundo”, pelo “deus deste século”, que é Satanás. Estes precisam abrir os olhos hoje. Precisam receber luz e serem curados por Jesus.

MUDOS TAMBÉM FORAM LEVADOS A PRESENÇA DE JESUS

O texto diz ainda que, além de cegos, mudos também foram levados à presença de Jesus. Gente que não falavam. Gente que não dialogavam. Gente que não conversavam, gente que não podiam ter um relacionamento interpessoal, pois os seus lábios estavam cerrados.

Assim também eu posso garantir que muitos casamentos estão sobrevivendo funestamente há anos: sem a comunhão de palavras. Sem comunhão, sem conversa, sem um relacionamento verdadeiro? São dois mudos vivendo juntos.

E quantos estão, há anos, inimizados com alguém. Com o vizinho, com o parente. Está mudo. É a língua presa que precisa ser curada hoje, em nome de Jesus!

Quantos ainda estão mudos para com Deus. Há anos se limitam a uma pequena reza na hora de levantar, que nunca chega a ser um diálogo criativo, uma oração em nome de Jesus. Estão mudos e precisam ser curados!

DEFORMADOS FORAM LARGADOS AOS PÉS DE JESUS

O texto diz que homens deformados foram largados aos pés do Senhor Jesus. Todos os problemas foram carregados, arrastados e arremessados aos pés de Jesus. E a palavra grega usada no lugar de “largaram” é enfática: é o mesmo termo utilizado para quem arremessa peso. Isto significa que os homens que carregavam esses deformados estavam tão cansados que os arremessaram aos pés de Jesus. E este fato nos traz algumas lições. Vejamos:

Isso pode nos servir de referência para entender que eles estavam nos limites de suas forças. Não tinham mais chance de dar nem apenas um passo. Tratava-se de uma carga pesada, de um fardo difícil de ser carregado. Era a hora de parar e resolverem larga-los aos pés de Jesus.

Pode ser que isto esteja acontecendo com você. Está nos limites de suas forças, carregando há anos esse fardo, deformidade no seu caráter, uma língua mentirosa, e já não agüenta mais. Largue hoje! Você não agüenta mais? Está no limite? Lance o seu fardo, hoje, aos pés de Jesus!

Ou, quem sabe, é o seu aleijão: falta paz, falta amor, falta fé, falta vida. Falta? Lance hoje a sua ausência aos pés de Jesus e ele vai preencher a sua vida. Você está cansado. O vazio cansa. A insuficiência cansa. A insuficiência interior abate. Se você está no limite de suas forças, largue isto, hoje, aos pés de Jesus. Largue. Arremesse. Atire seu fardo aos pés de Jesus.

E o seu problema é a cegueira, a hipocrisia, o ódio, a incredulidade, a brincadeira com Deus, largue esta situação de morte, hoje mesmo, aos pés o Senhor. E se é a mudez, a inimizade, o rompimento, o silêncio, aquela vida que não se abre para Deus, arremesse isto aos pés de Jesus!

ELES TAMBÉM TINHAM PRESSA

Uma outra lição que podemos aprender do termo “arremessaram” é a de que eles também tinham pressa. Não dava mais para esperar. E, quem tem pressa vem a Jesus. Quem não tem pressa vai primeiro ao psiquiatra, ao psicólogo, ao conselheiro matrimonial, vai a macumba, vai a discoteca ou à orgia. Mas quem tem pressa vem a Jesus.

Então, se você tem pressa, venha hoje ao Senhor Jesus. Não adie a cura. Venha agora e arremesse o seu fardo aos pés de Jesus.

ELES TAMBÉM TINHAM CONFIANÇA EM JESUS

Em terceiro lugar, a frase “arremessaram aos pés de Jesus” nos ensina que eles também tinham confiança em Jesus, que eles acreditavam no poder de Jesus. Eles criam que bastava Jesus tocar para que houvesse cura. Eles sabiam que havia suficiente virtude em Jesus para mudar tudo: até para fazer um pé ou uma mão em quem não tinha. Eles reconheciam o poder de Jesus para recriar, para começar de novo. Por isso, eles glorificavam ao Rei de Israel, ao Criador dos céus e da terra.

Uma coisa eu sei: Jesus Cristo pode! Jesus Cristo pode!
E, se você está nos limites de suas forças, venha!
Se você tem pressa, venha!
Se você confia no poder de Jesus, venha!

FINALMENTE O POVO VIU OS MILAGRES

A Bíblia ensina que ali havia um povo, mas aqueles homens vieram com seus fardos e os lançaram aos pés de Jesus. E o povo viu e se alegrou ao ver que os coxos andavam, que os paralíticos eram curados, que os cegos viam e que os mudos falavam. O POVO VIU!

É preciso também que você reconheça a sua carência. Aqueles homens mostravam suas deformidades, seus aleijões, suas necessidades. Venha confessar suas carências e pecados ao Senhor Jesus.

A Bênção que Enriquece


"A Bênção do Senhor é que enriquece, e não acrescenta dores"

“Elimeleque e Noemi na terra de Moabe” (Rute Cap. 1)




1. Porque Elimeleque saiu a peregrinar:
Havia fome na terra de Israel, e eles não estavam dispostos a participarem do sacrifício com o seu povo; poderiam ter se reunido e orado ao Senhor de Israel, para que voltassem as abundâncias à terra. Não! Abandonaram os seus irmãos e foram “garimpar” bênçãos em terra estranha.

Elimeleque não foi sozinho; arrastou mais três pessoas: a mulher e dois filhos.

2. Aonde foram peregrinar, buscar soluções para os seus problemas?!

Moabe (desejo). Atual Jordânia, é a terra dos filhos das filhas de Ló, com o próprio pai (Amon e Moabe). Quando da passagem de Israel para a terra de Canaã (Palestina), deveriam passar por Moabe. Deus orientou a Moisés para que não guerreasse contra os moabitas, devido ao parentesco com Israel, porém, quando Balaque, rei de Moabe viu o número do povo de Israel, acampados nas proximidades, alugou Balaão um profeta pagão (talvez, advinho) para amaldiçoar o povo de Deus. (Balaão significa: “devorador”, e Balaque, “seco”, “esgotado”).

3. Resultados dessa peregrinação: a) desastre; b) morte; c) tribulação; d) arrependimento; e) retorno.

Elimeleque não encontrou a bênção desejada, mas sim, a morte; agora, Noemi estava viúva, com dois filhos, casados com mulheres estrangeiras (Rute e Orfa). Logo, estes rapazes também morreram, deixando três viúvas: Noemi e suas duas noras, aumentando a dor e a tribulação de Noemi.

Os nomes: Elimeleque = Deus é Rei; Noemi = Doçura; Maalom = Adoentado; Quiliom = fim da ruína;

Maalom casou-se com Rute (Vistosa); Quiliom com Orfa (pescoço, juba). Maalom (adoentado), morreu; Quiliom, também. Agora, Noemi estava passando por uma tribulação aguda: perdeu o marido, perdeu os dois filhos, e tinha duas noras viúvas para com ela sofrerem a sua dor. Deus, na sua infinita misericórdia, sempre se compadeceu do pecador, e providenciou um meio de salvação para Noemi (nem tudo estava perdido; Deus levanta do pó). Este meio foi a sua nora Rute, estrangeira, que, mesmo sabendo da situação difícil para a sua sogra, não a abandonou, mas assumiu sofrer com o povo de Deus: “onde quer fores, irei eu; onde pousares, ali pousarei; o teu povo é o meu povo, e o teu Deus é o meu Deus”.

Rute estava disposta a ir com sua sogra, de volta a Israel. Noemi agora era como o filho pródigo; voltaria de mãos vazias, magra, faminta, cabisbaixa, mas voltou! O seu povo a recebeu de braços abertos, enquanto ela dizia: não me chameis de Noemi, e sim de Mara. Por fim, Deus mudou o pranto de Noemi em alegria; a sua dor foi banida, e o seu amargor, voltou a ser doçura. Ela não mais sofreria fome, porque Deus já havia abençoado a terra de Israel, a sua casa paterna. Já havia abundância na terra.

Rute, estrangeira, encontrou Boaz (nele está a força) e Deus permitiu que esta estrangeira se tornasse parte da família de Deus (Ef. 2:19), e ela veio a ser a avó de Davi, de cuja linhagem nasceu Jesus Cristo, que nos fez filhos de Deus por adoção.

Verdade prática:

Você tem sua Igreja, seu povo. Deus está presente, velando pelo seu povo, para o abençoar. Você não tem necessidade de sair “garimpando” bênçãos ou alimento espiritual em outras terras. Busque a Deus, aqui, com o seu povo. Ore, junte-se aos que se empenham pelo bem da casa de Deus, onde você serve, para que ela seja a cada dia abençoada, e que haja alimento suficiente para saciar a fome espiritual de todos os que a ela se achegam.

Deus hoje muda a tua história para bem, como aconteceu com Noemi.

Aqui está a “Bênção de Deus, que enriquece e não acrescenta dores"

Pr. Artur Gabriel

Textos Bíblicos para meditação, durante a semana:

1) Bênçãos pela obediência: Ex. 23:25; 2) Buscai primeiro o Reino de Deus – Mt. 6:23; 3) Aos limpos de mãos e puros de coração – Sl. 24:4, 5; 4) Bênçãos para os fiéis – Pv. 28:19, 20; 5) Fazendo prova de Deus - Ml. 3:10; 6) Quando Deus abençoa, ninguém pode amaldiçoar – Nm. 23:19, 20; Rm. 8:1; 7) A Bênção de Arão - Nm. 6:24-26

A sábia escolha de Maria





“Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa, Maria, pois, escolheu a melhor parte, e, esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42).

Duas moças, Marta e Maria, moravam na pequena vila próxima a Jerusalém, Betânia, com o irmão mais novo, Lázaro. Eram jovens e podiam desfrutar de liberdade no seu lar. Provavelmente, seus pais já tinham morrido, mas, certamente, estes haviam deixado seu legado: uma educação saudável e o temor do Senhor nos corações dos três filhos.

Marta ficara com a incumbência de cuidar dos irmãos mais novos e era firme em sua posição. E, possivelmente, uma das “fontes de renda” dos três seria o uso da grande casa para hospedar os peregrinos que vinham a Jerusalém para as comemorações das festas anuais. Marta deveria ser uma exímia cozinheira, Lázaro ajudava nas compras e negociava com os hóspedes e Maria auxiliava sua irmã em todos os afazeres domésticos.

Mas, apesar das responsabilidades precoces, sua casa deveria ser alegre, jovial, “moderna”, tanto na disposição da mobília como no modo de receber os amigos e parentes. Marta, a irmã mais velha, sempre dava as ordens na casa. Maria e Lázaro obedeciam, cumprindo suas tarefas e mantendo tudo muito bem arrumado.

Geralmente, numa casa de jovens há o bulício de risos, de histórias contadas e recontadas com alegria e muita brincadeira. As cores da vida estão presentes e tudo parece ser mais colorido na juventude. E eles ouviram falar de um jovem, da idade deles, que estava impactando a nação com suas mensagens de amor. Um jovem chamado Jesus, de Nazaré.

Em Betânia, todos comentavam a respeito dele. Contavam como Ele abrira os olhos aos cegos, como curara leprosos e fizera coxos e paralíticos andarem novamente. Contavam como as suas palavras eram cheias de autoridade, graça e poder. Todos os que o ouviam ficavam impressionados com a sua sabedoria, apesar de falar com total simplicidade. Suas parábolas, com mensagens profundas a respeito da fé e da vida eterna, eram contadas e repetidas pela multidão que o acompanhava.

E todos queriam conhecê-lo, tocar em suas vestes, receber o toque abençoador de suas mãos. Marta, Maria e Lázaro também sonharam com o dia em que poderiam se encontrar com o doce Rabi da Galiléia, Jesus.

Parece que a mais interessada em conhecer Jesus era Maria. A Bíblia não nos informa como foi o primeiro encontro dos irmãos da aldeia de Betânia com Jesus. Entretanto, sabemos que o Mestre ficou hospedado na casa deles. Que alegria! Jesus ali estava, “em carne e osso”, tão perto deles... E Ele tinha tantas coisas para falar, para ensinar... Ele podia responder às questões da alma, e suas palavras traziam paz ao coração ansioso e aflito.

Maria não queria perder nada daquela visita incomum. Ela queria conhecer bem de perto o coração de Jesus. Mesmo que não fosse “normal” que as mulheres ficassem a ouvir os rabinos, assentadas aos seus pés, ela não poderia perder aquela chance. Afinal, Jesus estava na casa dela...

Certamente Maria já tinha feito as “tarefas” designadas pela irmã Marta, a casa estava pronta e Jesus chegara. Agora ela queria “desfrutar” da presença de Jesus. Cada palavra do Mestre, cada gesto, cada ensino, eram como música aos seus ouvidos, como o entalhar desenhos magníficos em seu coração, perpetuando aquele momento. As dúvidas eram tiradas. Os céus se abriam para Maria. Os tesouros da sabedoria iam se descobrindo nas palavras de Jesus. Maria, embevecida, se alimentava de cada palavra proferida pelo Senhor.

Marta, a irmã mais velha, desde que Jesus chegara, começou logo a arrumar todas as coisas na casa para dar-lhe total conforto. Ela preparava comida na cozinha, amassava bolos, preparava sucos e bebidas típicas, arranjava cestas com frutas frescas e doces e corria de um lado para outro, olhando detalhes para marcar a visita de Jesus com todo o agrado que pudesse oferecer. Mas, logo percebeu que estava fazendo tudo sozinha. Maria, que sempre a ajudava em todos os serviços, não a acompanhava naqueles afazeres.

Parece que cada vez que Marta passava pela sala e via Maria assentada aos pés de Jesus, ouvindo os seus ensinos, ela dava um toque na irmã, pedindo-lhe que viesse ajudá-la. Um toque. Dois toques. Três toques, e nada da Maria sair do lugar.

Marta estava impaciente com a atitude da irmã e reclamou com Jesus: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe que venha ajudar-me.” (Lc 10.40). Todos podiam perceber que Marta estava chateada com a irmã. Todo o peso do serviço estava somente sobre ela... Geralmente, as pessoas que trabalham muito não suportam ver os outros descansando, de “papo para o ar”... Ficam incomodados. Só que Maria não estava apenas parada, descansando, não. Ela estava se alimentando da “verdadeira Fonte”. Maria estava se saciando do “Pão da vida”. Ela estava na presença do Filho de Deus, Criador, cujas palavras traziam vida eterna. Aquele não era um hóspede comum. O simples fato de se estar perto dele já enchia o coração de doce paz.

Jesus viu o coração de Maria, sua sede e total abertura para as coisas de Deus, e, então, respondeu: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a melhor parte, e, esta não lhe será tirada.”
Maria escolhera a melhor parte, o Mestre dissera. O que ela mais queria era estar aos seus pés, prestando atenção em todas as suas palavras. Ela não queria perder essa oportunidade que tinha, não sabia quando novamente o Senhor Jesus estaria tão pertinho dela... Maria queria usufruir a presença majestosa e bondosa de Jesus em sua casa.

Para ela, parecia que o tempo havia parado e o que mais importava era vê-lo e ouvir a sua voz, seus ensinos. Era aprender dele e com Ele. Maria sabia que sua casa nunca mais seria a mesma após a visita do meigo Rabi de Nazaré. Marta queria oferecer o seu serviço, Maria lhe oferecia o seu coração.

Alguns anos mais tarde, talvez dois, aconteceu a morte de Lázaro. As cores vivas da juventude daquele lar vestiram o cinza da tristeza e as duas irmãs choravam. Jesus soube da notícia e não foi primeiro à sua casa, mas ao cemitério. E lá Ele operou o milagre da ressurreição de Lázaro, após quatro dias de sua morte e seu corpo já se encontrar em decomposição, no túmulo. A alegria era indizível nos corações dos três. Aquele lar nunca mais fora o mesmo depois da visita de Jesus. Ele não precisava ser servido, mas viera para servir e dar a sua vida por todos.
Maria havia compreendido que Jesus é a Fonte da vida e que estar aos seus pés é a melhor parte.

Para refletir:
Como você se portaria naquela casa que recebia Jesus como hóspede? Como Maria, ou como Marta?
Você tem dispensado tempo em sua casa para ouvir Jesus, por meio da leitura da Bíblia e da oração?
Você tem um momento de devocional, isto é, um momento a sós com Deus, para ouvir os seus ensinos e ficar aos seus pés?
Você tem deixado para seus filhos uma boa educação e eles estão preparados para a sua partida deste mundo? Seus filhos são amigos?
Você anda cansada de tantos trabalhos diariamente? Sente-se estressada? O que a faz descansar?
Você tem escolhido a “melhor parte” da vida? Que lugar Jesus ocupa em seu viver?

Servir a Deus com sua família a enfrentar os desafios modernos






Para seus irmãos efésios, Paulo escreveu: "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5:15- 16). Quanto pior for o ambiente no qual os cristãos têm que morar, se torna mais necessário tomar cuidado e ser forte no serviço ao Senhor.

Agora nestes tempos modernos os cristãos têm idéia sobre o que Paulo queria dizer quando ele falou que os "dias são maus". De quase todas as direções, nossa cultura ameaça nossa fé. A pessoa que leva a sério o seu relacionamento com Cristo não pode evitar ficar preocupado sobre o que espera no futuro. E para muitos de nós, a sobrevivência espiritual de nossas famílias é a preocupação maior. Os desafios modernos à família são tão mortíferos quanto reais.

A onda de promiscuidade sexual que resultou da Revolução Sexual atira contra o coração da família: o relacionamento de uma só carne, fiel e de ambos os lados entre marido e mulher. A homossexualidade promete redefinir o próprio conceito do que é uma família. O divórcio em abundância tem tornado impossível uma criança ter a certeza que o seu lar ficará unido até crescerem. Os movimentos dos direitos da criança e da paternidade social discutem que as crianças devem ser criadas pelo estado e não pelos seus pais. O aborto, o suicídio e a eutanásia têm implicações preocupantes na família. A mídia de entretenimento, o sistema educacional e o estado de bolsas financeiras todos estão arrumados contra a família tradicional. Ao todo, é um monte de forças ali que enfrentam a família de hoje.

O que podemos fazer para enfrentar estes desafios? Podemos servir a Deus fielmente nas nossas famílias! Pode ser uma idéia simples, mas é verdadeira: servir a Deus sempre tem sido a melhor maneira de nos manter fortes espiritualmente e sobrevivermos aos ataques de uma cultura hostil.

Pense, por exemplo, sobre os três amigos de Daniel. Na história familiar de Daniel 3, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram fortes o suficiente a arriscarem as suas vidas ao invés de adorarem a imagem que Nabucodonosor havia colocado. Ameaçados com a morte, simplesmente disseram, "Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei" (Daniel 3:16-17). Há mais do que uma ligação de coincidência entre a força destes homens em Deus e o serviço anterior deles para Deus. Eles tinham o que era preciso para passar nesta prova porque estavam servindo a Deus mesmo antes da prova chegar.

Os mesmos princípios governam a força espiritual das nossas famílias. Se, como famílias, amamos verdadeiramente ao Senhor e ao nosso próximo (Mateus 22:37-39), se nós verdadeiramente nos entregamos ao Senhor (2 Coríntios 8:5), e se servimos "a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor" (Hebreus 12:28), encontraremos o que for necessário para superarmos a dificuldade. Para espantar a doença espiritual e a destruição, uma família precisa de um "sistema imunológico", e o sistema imunológico que Deus pretendia que as famílias tivessem é fortalecido dia-a-dia no processo de servi-lo. Não há atalho. Sem os recursos que são fortalecidos desta maneira, realmente não há nada que possa proteger uma família das influências devastadoras com as quais temos que lidar agora.

Em primeiro lugar, servir a Deus é o que fortalece a fé. A maioria das ameaças modernas à família surgiram de uma filosofia humanística que nega a existência de Deus. A fé que é realmente de Deus, a confiança nele pessoalmente, é o que é necessário para enfrentar estes desafios. Muito tempo atrás, João escreveu, "porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1 Joâo 5:4). Não há nenhum comprimido que podemos tomar que nos dará esta fé que vence o mundo. A fé é ganha no processo diário de servir a Deus da melhor maneira possível de acordo com o nosso entendimento.

Em segundo lugar, servir a Deus é o que constrói o caráter genuíno da pessoa interior. Os maiores perigos que as nossas famílias enfrentam hoje são aqueles que atacam o nosso ser mais interior, a nossa própria natureza como seres criados na imagem de Deus. A força que requer para lidar com tais perigos é a força de um profundo caráter piedoso. Paulo orou para que seus irmãos fossem "fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior" (Efésios 3:16). O caráter não é fortalecido descansando numa poltrona; é desenvolvido no trabalho ativo de servir a Deus. As famílias de hoje que esperam sobreviver a tudo que está se passando irão precisar de mais do que a força superficial daqueles que meramente falam a respeito do Senhor. Precisamos do verdadeiro caráter que vem do serviço diário, genuíno a Deus.

Em terceiro lugar, se as nossas famílias conseguirão encarar os desafios modernos, devemos gozar de relacionamentos ricos e profundos entre os membros da família. Estes relacionamentos não acontecem sozinhos, desenvolvem e aprofundam através do tempo que servimos ao Senhor. O que é verdadeiro na congregação local não é menos verdadeiro em nossas famílias físicas: a força vem "segundo a justa cooperação de cada parte" (Efésios 4:16). A maior força no mundo é a força daqueles que cresceram e ficaram fortes servindo ao Senhor juntos. Servir ao Senhor enriquece as nossas relações familiares, e fazendo isto põe nestes relacionamentos uma força que dificilmente pode chegar de outra maneira.

Acontece que servir a Deus faz mais uma coisa para nós. Nos dá coragem! Sem a coragem, estamos perdidos. Paulo encorajou aos coríntios, "Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos" (1 Coríntios 16:13) A famíla piedosa que sobrevive a cultura moderna e supera no Senhor não é aquela que se compromete covardemente com o mal. Ela corajosamente se posiciona pelo que é verdadeiro e bom. Por fim, a coragem da qual as nossas famílias precisam hoje em dia é formada nos nossos corações enquanto experienciamos a realidade de viver a vida em Cristo. Temos que fazer mais do que freqüentar os cultos da igreja; temos que "saborear" que o Senhor é gracioso (1 Pedro 2:3). Quando fizermos assim, as nossas famílias terão o tipo de poder do qual o diabo foge.

APROVEITE BEM O SEU DIA, COM MUITA ALEGRIA!