Jesus te ama!

"Entrgue teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará" Salmos 37.5

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Fuga, prostração e conveniência

De mãos cheias eu parti, mas de mãos vazias o Senhor me trouxe de volta (Rute 1.21).

Israel entrou num tempo de crise. E um homem chamado Elimeleque decidiu mudar-se com sua família para um lugar chamado Moabe. A idéia era esperar a fase difícil passar para depois retornar.

Percebo que, em verdade, Elimeleque quis fugir do problema. Não quis enfrentar a situação de crise. Repito sempre que, “Nós somos o resultado das nossas escolhas. Elas definem quem nós somos e em quem nos tornaremos”.
O fato de não se encarar o problema ou dele se fugir, não o fará desaparecer. É provado que, tentando isso, o problema pode nos acompanhar e até se agravar.

Definitivamente, você precisa entender que a solução não vem mudando-se de casa, de cidade, estado ou país. A questão não é o lugar, mas sim, a nossa forma de conduzir a vida e como nos relacionamos com Deus.
Elimeleque achou que sairia do problema e tudo daria certo; no entretanto, ele e os filhos morreram ficando apenas a esposa e as duas noras.

Boaz, parente de Elimeleque, teve atitude dife-rente: decidiu ficar em Israel, passar pelo processo difícil e usar a inteligência pensando - eu acredito – da seguinte forma: “Se eu não vencer na minha terra com o meu Deus, muito menos numa terra estranha”.
Era um homem rico e influente, pertencia ao clã de Elimeleque e se chamava Boaz (Rute 2.1). A atitude de Boaz trouxe resultados muito diferentes dos resultados que a a-titude de Elimeleque trouxe para ele, como morte, perdas, sofrimento para ele e toda a família. Boaz ficou rico e influente.
Elimeleque e Boaz foram dois homens que conheciam, invocavam o Deus vivo e manifestavam uma fé. Claramente vemos porém, que Elimeleque manifestou uma fé religiosa e emocional, porque no momento difícil, ao invés de confiar em Deus e perseverar, saiu em fuga. Entretanto, Boaz manifestou uma fé viva, perseverante, foi determinado, encarou o problema, sobreviveu e foi imensamente abençoado.

Elimeleque não arruinou somente a vida dele, mas também a de toda a família.
Infelizmente, muitas pessoas agem da mesma forma que Elimeleque agiu: vivem fugindo e são inconstantes. Outras, guiadas por “Elimeleques”, estão sofrendo.

Noemi, esposa de Elimeleque, revoltada e amargurada com todas as perdas, responsabilizou Deus pela ruína de sua vida. Em verdade, Deus nada tem a ver com isso. Ela estava colhendo o resultado das escolhas que havia feito. É muito comum pessoas na situação de Noemi. Não assumem a responsabilidade de suas decisões, plantam atitudes precipitadas e depois ficam revoltadas com a colheita.
Quando partiram para Moabe, enxergaram somente dificuldades em Israel.

Não conseguiram enxergar que estavam abençoados.
Ela mesma disse que, De mãos cheias eu parti, de mãos vazias eu retornei.

Sairam do propósito, pois, poderiam ter encarado a situação, como Boaz e outros encararam.
Deviam ter confiado em Deus. Teriam vencido.

Digo com firmeza: “Se eu não vencer com Deus, sem Deus é que não vencerei mesmo!”.
Muitos só veem o quanto estavam sendo abençoados quando saem de baixo da proteção de Deus. Poder-se-á perguntar: “Por que Deus não os impediu de fugir?”.

Deus nos deu a liberdade de escolha. O Senhor é claro ao nos dizer que todas as coisas nos são permitidas e que nós é que devemos saber as que nos convém. Temos liberdade de ir e vir. O Senhor diz: Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz eu entro.
Deus não arromba. Ele entra educadamente. Infelizmente, o maior problema é que Ele já bateu tantas vezes e muitos não têm dado abertura para Ele entrar. As decisões são tomadas no calor da emoção, arruinando dessa forma a vida.
Perdem bênçãos.
Jogam-nas fora.

Deus não vai amarrá-lo ao pé de uma mesa para impedi-lo de fazer uma besteira com a própria vi- da. Ele nos deu inteligência, capacidade de entendimento, fala ao nosso coração e cabe a cada um de nós dar ouvidos a Ele ou não.
Goste você ou não, o que você está vivendo hoje é o resultado de todas as escolhas que fez ao longo de sua vida.
E se continuar nessa mesma linha, já sabe o que viverá amanhã.
Noemi estava revoltada com todas as perdas e res- ponsabilizando Deus, mas a culpa de todo aquele so-frimento não era de Deus, era das escolhas de Elimeeque e dela.

A maioria das pessoas sabe o que deve fazer, mas, normalmente são guiadas por pensamentos e por sentimentos que não convém.
O que sabemos é mais importante do que o que pensamos e sentimos. E o que sabemos deveria anular o que pensamos e sentimos.

Nem sempre você terá vontade de fazer o que é certo, mas deve fazê-lo; Deve ter consciência que é sábio e prudente ir pelo que sabe que é certo e não pelo que pensa ou sente, pois a Bíblia diz que nada é mais enganoso que o coração, sendo assim, não seja guiado por emoções, vá pela razão.
É muito forte quando ouço Sadraque, Mesaque e Abede-Nego dizerem a Nabucodonosor: Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e Ele nos livrará das tuas mãos. Mas, se Ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto a teus deu-ses e nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste
erguer (Daniel 3.18).

Eles sabiam o que deve-riam fazer e não cederam a nenhuma emoção negativa.
Mesmo sob ameaça de morte não fugiram da situação. Não cederam à conveniência e encararam o problema com muita determinação.

Foram imensamente abençoados por Deus.
Primeiramente sempre vem a ameaça e, infelizmente, para muitos, após ela, a prostração.

Deus não quer você fu-gindo nem se prostrando. Deus o quer encarando a situação, depositando a sua confiança n’Ele com total convicção que Ele não o desamparará.
O Senhor Deus não desamparou Boaz, não de-samparou Sadraque, Mesaque e AbedeNego. Não desamparou a tantos ou-tros que permaneceram na prática da fé viva no Seu poder.

Enquanto foi convenien-te para Elimeleque ficar em Israel, ele ficou. E é assim, infelizmente, que a- contece com muita gente, só busca a Deus enquanto é conveniente. Caso as coisas não aconteçam na hora e da forma que espera,
simplesmente vira as costas para o Senhor.
Acredito que Elimeleque é um bom exemplo a não ser seguido. Se quisermos ser abençoados e vivermos as Promessas de Deus é fundamental, diante das pressões, das ameaças, de tudo que parece contrário, que sejamos capazes de resistir sem retrocessos e prostrações. Mais cedo ou mais tarde, sempre seremos pressionados a tomar alguma decisão. Esteja sempre alerta para você não agir embasado no que você vê ou sente.

Confie no cuidado que Deus tem para os que confiam n’Ele.
Lembre-se: fugir nunca será a melhor solução e prostrar-se, jamais! Mantenha isto em sua mente. Curvar-se, prostrar-se ou render-se, nunca deverá ser aceito como solução. E temos que, acima de tudo, servir a Deus, porque mui- tos O adoram, elogiam, mas quando estão diante de uma impossibilidade, retrocedem.
Sendo realmente servos e andando em espírito, permaneceremos n’Ele em qualquer situação, seja ela de paz ou guerra, sorrindo ou chorando.

Não busque a Deus somente pelo que Ele pode fazer.
Aprenda a amá-l’O de todo o coração. Dê-se de verdade a

Ele. Não pratique fé conveniente, mas sim, a fé viva e perseverante. Não fuja jamais, prostre-se diante de Deus e O ame sem conveniências.
Deus o abençoe imensamente.
Amém

Bispa Cléo Ribeiro Rossafa

A Ousadia no Espírito

“Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás…” (Lucas 9.62)

“Tudo quanto te vier á mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças…” (Ec 9.10)

Vivemos hoje uma realidade onde o que impera é a ação. Levantamos cedo e já começamos a agir. Fazemos tantas coisas que esquecemos até de alimentarmos. Somos levados pelas circunstâncias da economia e trabalhamos muito. Quando o fim de semana chega estamos muito cansados, esquecemos então de tudo e até da nossa comunidade cristã (a Igreja). Muitos se enganam achando que a tarefa da Igreja deve ser feita pelos que pouco trabalham e pelos que vivem do ministério.

Mas não se engane, esta tarefa também é um prazer para você que pouco tempo tem. Isto posso chamar de ousadia. É triste quando encontramos alguém que ajudou na obra do Senhor e parou, acomodou-se e não sabe mais o que fazer. Ele vê as pessoas precisando de uma palavra, de ajuda e não consegue sair do lugar, infelizmente é sempre o mesmo discurso: há pessoas mais novas para fazer este trabalho, mas não pensam que Deus quer usá-las naquele momento. É como se deixasse o desânimo entrar e, como conseqüência, o Espírito Santo deixasse de agir e cai então no marasmo espiritual. Nada mais passa a incomodá-lo e, se incomoda, não tem força para reagir, torna-se silencioso, inerte, improdutivo e reduzido a nada, como é descrito no Salmo 115.7 “Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta”. Urge sair desta situação! Os meios? A fé e a ousadia, elas nos aproximará de Deus e d’Ele recebemos a provisão necessária .

Sim, é por meio de Jesus Cristo que temos ousadia e acesso à mudança. Se olharmos para Cristo veremos que Sua obra não nos foi deixada apenas para adornos de nossa vaidade cristã; mas para compreendermos o cristianismo e lembrarmos da nossa fé.

Não podemos nos aproximar de Deus em descuido, mas temos que ter ousadia, tanto agora como na glória futura. Não esqueça amado, que isto depende de nós mesmos. Portanto cheguemo-nos com ousadia e equipados com a fé de Deus. “Pelo qual temos ousadia e acesso com confiança mediante a fé n’Ele” (Ef 3.12).

Não significa que precisamos da obra para a salvação, mas que muitos precisam de nós para conhecer o Salvador. É pelo Espírito que temos acesso ao Pai e isto leva-nos à comunhão completa. Então lembre-se que há muitos mortos na fé. Não se deixe morrer. Não pare. Não entre no comodismo. Vamos ousar em Cristo. Vamos viver como a Bíblia diz, “de fé em fé”.

Eu não conheço ousadia maior que a cruz de Cristo, e não conheço fé maior do que a pessoa que segue esta verdade deixada por Cristo. “Antes, com toda a ousadia como sempre, também agora, seja Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida quer pela morte” (Fp 1.20).

Sílvia Leticia Carrijo

O FRACASSO DO ORGULHO


O FRACASSO DO ORGULHO ([1])



Pedro começou a cair dramaticamente quando permitiu que o orgulho e a prepotência se abrigassem em seu coração. Então, confiante e atrevido como sempre, travou um diálogo acalorado com Jesus. O Mestre estava preocupado com a sua perseverança nos momentos de crise. Jesus procurou advertir os discípulos para que não ocorresse com eles aquilo que Ele já havia previsto que aconteceria com muitos: “Os que estão à beira do caminho são os que ouvem; mas logo vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos. Os que estão sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; mas estes não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam” ([2]).
Pedro não sabia que aquelas palavras se encaixariam perfeitamente ao seu procedimento futuro: “Na hora da provação se desviam...” Mas não foi por falta de aviso que Pedro fracassou. Jesus falou de uma forma bem clara e franca quanto aos perigos que se avizinhavam; e procurou instruir-lhes da melhor forma para não serem surpreendidos: “Amados, meus amados filhos, como são curtos estes momentos antes que eu precise ir embora e deixar vocês! Nessa hora, ainda que vocês me procurem não poderão vir a mim. Tal como eu disse aos líderes judaicos. E por isso eu estou dando-lhes agora um novo mandamento – amem-se uns aos outros quanto eu amo vocês. Esse profundo amor que vocês tiverem uns para com os outros provará ao mundo que vocês são meus discípulos.” Ao que, então, Pedro perguntou: “Mestre, para onde Tu vais?” E Jesus respondeu:
_ “Você não pode ir comigo agora; porém, mais tarde você me seguirá.”
_ “Mas por que eu não posso ir agora?” – indagou surpreso. E continuou: “Pois estou pronto a morrer por ti.” Jesus sorriu suavemente e ironizou: “Morrer por mim? Antes do galo cantar amanhã de madrugada, você negará três vezes até mesmo que me conhece!” ([3]). E Jesus ainda acrescentou: “Esta noite vocês todos me abandonarão. Porque está dito nas Escrituras que Deus derrubará o Pastor e as ovelhas do rebanho serão dispersas. Mas depois que eu tiver sido trazido à vida novamente irei para a Galiléia e me encontrarei com vocês lá” ([4]).
Então Jesus prosseguiu alertando-o: “Simão, Simão, Satanás pediu você para peneirá-lo como trigo, porém eu em oração supliquei por você, para que a sua fé não fracassasse completamente. Portanto, quando você se tiver arrependido e tiver voltado para mim, fortaleça e robusteça a fé dos seus irmãos ([5]). Mas ele não se dava por vencido facilmente, nem mesmo por Jesus. Assim, replicou: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo algum te negarei... E o mesmo disseram todos os discípulos” ([6]).
O orgulho, inevitavelmente, leva o homem ao endurecimento do coração. Há aqueles que se endurecem porque confundem seus próprios conceitos e desejos como sendo a vontade de Deus expressa. Quando estabelecemos padrões humanos, ou parâmetros humanos, para nos posicionarmos espiritualmente, corremos pelo menos três grandes riscos:
1o – Nos decepcionar profundamente ao conhecermos melhor aquele a quem colocamos como padrão.
2o – Corremos o risco de nos tornarmos complexados e frustrados diante de pessoas semelhantes a nós, a quem julgamos muito acima do nosso nível intelectual, moral, espiritual, etc.
3o – Corremos o risco de nos tornar orgulhosos a tal ponto de não percebermos o mal que se avizinha. Foi o que aconteceu com Pedro. Estava tão empolgado com sua capacidade pessoal, tão senhor da situação, que não percebeu que Jesus estava falando sobre o inimigo que já estava de olho nele.

Legenda das referências bíblicas:

[1] Mt 26.30-35
[2] Lc 8.12-13
[3] Jo 13.33-38 – O N.T. Vivo – Ed. Mundo Cristão
[4] Mt 26.31-32 – Idem
[5] Lc 22.31-32 – A BÍBLIA VIVA
[6] Mt 26.35

Pr. Vanderlei Faria

Que possamos depender do Senhor SEMPRE!

APROVEITE BEM O SEU DIA, COM MUITA ALEGRIA!