Fé e ação trabalhando juntas

Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso… (Miquéias 2.10)

Essa palavra não se refere ao descanso físico, mas sim ao espiritual.

Em nenhum momento encontramos apoio bíblico para descansar de Deus, descansar da fé, mas somos motivados continuamente à luta e à perseverança.

Vejo nas Escrituras que os vencedores se mantiveram ativos na fé enquanto viveram.

A Bíblia diz que Calebe chegou aos oitenta e cinco anos com o mesmo vigor dos quarenta e cheio de sonhos. Após ter lutado uma vida toda, ainda estava pedindo para lutar, escalando montanha, para possuir o que era dele.

Jacó lutou uma madrugada toda para ser abençoado, por fim, além de cansado, foi ferido, mas não vemos nenhum sinal de abatimento ou entrega; atingiu o que queria, foi abençoado, e seu nome foi trocado de enganador para campeão com Deus.

O Senhor não deixou Elias dentro da caverna. Quando se deprimiu e buscou se esconder da vida, Deus o fez sair e seguir em frente e assim com tantos outros. O Senhor não deu vitória no lamento, no choro ou na murmuração, Ele deu vitória com eles em pé e lutando com força. A passagem de Êxodo 17.8-15 ilustra um pouco mais o que estou falando porque vemos a fé de Moisés em ação quando ele disse: “Amanhã tomarei posição no alto da colina com a vara de Deus em minhas mãos. Ele estava convicto de que venceria os Amalequitas. Já tinha possuído a vitória. E a Bíblia diz que enquanto suas mãos estavam erguidas, Israel vencia, mas quando as abaixava, os Amalequitas venciam.

O sucesso de Israel dependia das mãos de Moisés erguidas. Só que, chegou um momento em que ele se cansou, e é natural que qualquer pessoa que fique muito tempo com as mãos erguidas sinta esse cansaço físico.

Podemos pensar: Deus que operou tantos milagres como a abertura do Mar Vermelho, não poderia ter operado e agido no cansaço das mãos de Moisés de forma que ele não o sentisse? Poderia, mas a idéia não é essa.

Abrir o mar era impossível, mas manter as mãos erguidas era uma questão de determinação, muita força de vontade, e então, cabia a Moisés fazer a parte dele: criar um meio, se esforçar e sacrificar, mas mantê-las erguidas.

Não havia outra saída. Bastava as mãos dele se abaixarem para o inimigo prevalecer, mas quando ele erguia novamente, o povo de Deus prevalecia.

Tudo isso nos ensina muito porque quando uma pessoa para de alimentar o espírito, auto-maticamente, ela dará força à carne, e a carne não quer Deus, não quer agradar e nem obedecê-l’O. E uma pessoa longe da presença do Senhor fica à mercê do mau e a conse-quência é o sofrimento e a destruição.

Deus nos quer lutando o tempo todo, sempre reagindo aos ataques malígnos, às fraquezas e desânimos.

Não é incomum ouvirmos depoimentos de pessoas que estavam vencendo – porque claro, estavam buscando a Deus com fidelidade –, e depois que pararam, dando o chamado “tempo”, logo as coisas começaram desandar. E aquilo que atingiram e conquistaram, não foram poucas que perderam e ainda ficaram num estado pior do que antes, e isso é bíblico.

A Bíblia diz que se nos mostrarmos fracos no dia da angústia, a nossa força será pequena (Provérbios 24.10).

E, em Neemias 8. 10, diz que a alegria do Senhor é a nossa força. Em Joel 3.10, diz: diga o fraco: “eu sou forte”, inclusive, manda trans-formar enxadas em espadas e foices em lanças. Essa é a direção que Deus nos dá, seguir sempre lutando e permanentemente fortes.

A maioria das pessoas que chega arrebentadas na Igreja tem fé, no entanto, não sabe usá-la e consequentemente não obtém resultado algum.

Em quase todas as minhas mensagens eu repito que somente a fé viva pode levar uma pessoa a viver milagres, e a fé só é viva se há determinação, perseverança, coragem, ousadia, sacrifício e tudo isso é força, é poder de reação. É isso que Deus espera de nós, que jamais venhamos a olhar para os lados ou para trás, mas sempre focados com metas e objetivos bem traçados, movidos por uma total convicção de fé (Hebreus 10.22).

Se você desanima, se para para descansar e cede às fraquezas, você perde. Não vai viver mi-lagres assim, não terá uma vida de vitórias.

Lembre-se que, quando as mãos de Moisés abaixavam, os Amalequitas venciam, mas quando ele erguia, o povo de Deus vencia.

Moisés afirmou que a vara de Deus estaria nas mãos dele, então, ele tinha certeza da vitória. No entanto, se ele não mantivesse as mãos erguidas, a derrota começava acontecer. Isso prova aquilo que diz em Tiago 2.26: Assim como o corpo sem espírito está morto, a fé sem obras está morta. Moisés teve que unir sua convicção com a ação para que a vitória acontecesse por completo.

Fé e ação trabalhando juntas. Então, vamos lá! Reaja e vamos em frente. É lutando que você vence.

Deus é com você. Amém.

Bispa Cléo Ribeiro Rossafa