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segunda-feira, 4 de abril de 2011

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11Sabemos que é próprio da criança gostar de brincar, fazer bagunça e correr de um lado para o outro. Toda essa movimentação dá uma canseira nos pais ou em seus responsáveis. Entretanto, é necessário ter muito cuidado para não identificá-la erroneamente como portadora do TDAH ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

O que percebo é que crianças indisciplinadas, birrentas, malcriadas, falantes e muito espertas, principalmente para o que lhes interessa, são classificadas erroneamente de hiperativas. Estudos apresentados no Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, orientam a identificar pelo menos seis características, por um período mínimo de seis meses, e, principalmente, observar se estão causando prejuízos à vida escolar, social e familiar da criança.

Vejamos algumas características da criança portadora de TDAH:

Apresenta dificuldade de concentração;
Não ouve quando alguém fala;
Não consegue terminar uma tarefa;
Tem dificuldade em aguardar a sua vez;
Fala excessivamente;
Não consegue ficar sentada;
Não obedece às regras;
Interrompe conversas sem pedir licença;
Age como se fosse movida a motor.

Portanto, se você perceber que seu filho apresenta algumas dessas características e que seus relacionamentos estão sendo prejudicados, tanto em casa como na escola e no convívio social em situações agradáveis e desagradáveis, procure ajuda de um profissional especializado. Do contrário, verifique se os fatores ambientais são ou não favoráveis, como dificuldade de adaptação na escola, desentendimento entre os pais, perda de alguém importante, maus-tratos, violência, etc. Em muitos casos constatamos que a agitação da criança é o reflexo do que ela está vivendo no seu dia-a-dia.


Família e escola em ação

Para trabalhar com crianças hiperativas é necessário organizar um esquema que envolva todas as pessoas ligadas à criança. É imprescindível e produtivo que ela seja atendida dentro de um esquema multidisciplinar que englobe a família, a escola, o neurologista, o pediatra, o psicólogo, o pedagogo e outros profissionais relacionados ao tema.

Assim, será possível fazer um trabalho comportamental, orientando, recomendando e reestruturando os ambientes, lidando com as dificuldades com amor, paciência, carinho, compreensão e atitudes firmes com sua criança. Lembre-se de que ela é o foco de toda a sua atenção.


A autora do artigo, Maria José Silva, é psicopedagoga

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